por Luciana Barros/Governo do Tocantins
O Agosto Laranja é um movimento que tem o intuito de conscientizar sobre a esclerose múltipla (EM), doença autoimune crônica que afeta o sistema nervoso central. A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) alerta sobre a doença que atualmente acomete cerca de 2,8 milhões de pessoas em todo o mundo e mais de 40 mil pessoas no Brasil.
Segundo com o médico neurologista do Hospital Geral de Palmas (HGP), Ray Almeida, “a esclerose múltipla é uma doença neurológica autoimune crônica, que não tem cura, acomete o sistema nervoso central, composto pelo cérebro e pela medula espinhal, e atinge principalmente adultos jovens, entre 18 e 55 anos”.
O especialista explica que “o tratamento da EM [esclerose múltipla] visa aliviar os sintomas, reduzir a frequência e a gravidade dos surtos e desacelerar a progressão da doença. Ele geralmente inclui o uso de medicamentos modificadores da doença, como fármacos imunomoduladores, que ajudam a controlar a atividade inflamatória no sistema nervoso central. Além disso, o tratamento pode envolver terapias físicas e ocupacionais para melhorar a função e a qualidade de vida dos pacientes, além de abordagens para gerenciar sintomas específicos, como fadiga e espasticidade. O acompanhamento regular com uma equipe multidisciplinar é essencial para ajustar o tratamento às necessidades individuais de cada pessoa”.
Sintomas
“Os sintomas são visão dupla, fraqueza dos membros e dificuldade para caminhar, a perda da visão em um ou nos dois olhos, dormências e formigamentos, desequilíbrio e falta de coordenação motora, tonturas e zumbidos, tremores, dores, fadiga e alterações no controle da urina”, acrescentou o neurologista.
Assistência
De acordo com a supervisora do Ambulatório de Especialidades do HGP, Flaviany Vieira de Araújo, “os pacientes que tiverem sintomas devem passar pela UBS [Unidade Básica de Saúde] do município de origem onde serão avaliados pelo médico e encaminhados ao município que é referência em neurologia. Nos casos graves de alta complexidade, são encaminhados para hospital de alta complexidade”.
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