A Polícia Federal deflagrou na manhã desta segunda-feira, 26, a Operação Timóteo 6:9, a terceira realizada no Tocantins em seis dias. A ação apura possíveis crimes de fraude a licitação que teriam ocorrido em 2018, no âmbito da extinta Secretaria de Infraestrutura, Cidades e Habitação do Tocantins. Na época, Mauro Carlesse era o governador. Mais de 100 policiais federais cumprem 30 mandados de busca e apreensão e outras medidas cautelares diversas da prisão em Palmas, Gurupi e Dianópolis.
OBJETO
O procedimento licitatório investigado tinha por objetivo a contratação de empresa especializada na prestação de serviços de locação de máquinas pesadas e caminhões, fornecimento de combustível e manutenção preventiva e corretiva, para atender os escritórios da Agência Tocantinense de Transportes e Obras (Ageto). São investigados os crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A Operação Timóteo 6:9 contou com o apoio da Controladoria-Geral da União, que realizou a análise inicial dos contratos investigados
TRÊS OPERAÇÕES EM CINCO DIAS
Com a Timóteo 6:9, a Polícia Federal chega a três operações em cinco dias. Na quarta-feira, 21, a corporação deflagrou a “Fames-19”, que apura possíveis desvios de recursos públicos da Covid-19 utilizados para o pagamento a empresas contratadas para o fornecimento de cestas básicas. A ação atingiu diretamente o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos). Na sexta-feira, 23, foi a vez do Poder Judiciário ser alvo da “Máximus”, que investiga suposta negociação para compra e venda de decisões e atos jurisdicionais. O desembargador Helvécio de Brito Maia Neto e o juiz José Maria Lima acabaram afastados.
ÓRGÃOS COLABORAM
Em nota, a Secretaria Estadual das Cidades, Habitação e Desenvolvimento Regional, bem como a Agência de Transportes, Obras e Infraestrutura do Tocantins afirmaram que “colaboram com a Polícia Federal no cumprimento dos mandados de busca e apreensão realizados na manhã desta segunda-feira, 26, referente a Operação Timóteo 6:9, que investiga supostas irregularidades em licitação que teriam ocorrido na extinta Secretaria de Infraestrutura, Cidades e Habitação do Estado do Tocantins na gestão do ex-governador Mauro Carlesse, entre os anos de 2018 e 2019”.
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