A Polícia Federal (PF) informou ter deflagrado operação na manhã desta quarta-feira, 20, para aprofundar investigações relacionadas ao desvio de recursos públicos da Covid-19 utilizados para o pagamento a empresas contratadas para o fornecimento de cestas básicas. Os mandados foram expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
ALVOS
A ação foi batizada como “Fames-19”. Policiais estão passando pelo Palácio, Assembleia, no Sebrae e endereços de empresários. Foram ainda na residência do governador Wanderlei Barbosa e de dois dos filhos dele, o deputado estadual Léo Barbosa e superintendente do Sebrae, Rerisson Castro.
INQUÉRITO EM SIGILO
Os inquéritos tramitam sob sigilo na Corte Especial do STJ e indicaram a presença de fortes indícios da existência de um esquema montado entre os anos de 2020 e 2021, utilizando-se do estado de emergência em saúde pública e assistência social, consistente na contratação de grupos de empresas previamente selecionadas para o fornecimento de cestas básicas, as quais receberiam a totalidade do valor contratado, porém entregariam apenas parte do quantitativo acordado. São cumpridos 42 mandados de busca e apreensão e outras medidas cautelares patrimoniais.
BATISMO
O nome da operação faz referência à insegurança alimentar ocasionada pela pandemia de COVID-19, cujas ações públicas se destinavam a combater, porém tornou-se meio de desvio de recursos públicos. Fames, significa fome em latim e 19 faz alusão ao período pandêmico.A superintendência da corporação informou que não concederá entrevista ou coletiva sobre o caso.
GOVERNO DIZ QUE COLABORA
Em nota, a Secretaria Estadual da Comunicação afirmou que o governo do Tocantins “colabora com a Polícia Federal no cumprimento dos mandados de busca e apreensão realizados na manhã desta quarta-feira, 21, referente a Operação Fames-19, que investiga supostos desvios na compra de cestas básicas nos anos de 2020 a 2021”. “É do interesse do Governo do Estado que tais fatos sejam devidamente esclarecidos”, diz a nota.
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